"Animação Cultural" de Vilém Flusser

Uma breve reflexão...

 Um texto narrado por uma mesa, com tom satírico, leva o leitor, em pleno 2025, a questionar a relação da humanidade com os objetos, especialmente os aparelhos tecnológicos, como: computadores, smartphones, inteligência artificial, entre outros.
 Apesar de ser um texto da década de 1990, mostra-se surpreendentemente atual e nos faz acreditar que, de fato, os objetos estão organizando uma revolução de forma proposital. É evidente que, atualmente, alguns dispositivos parecem dotados de independência e têm “tomado decisões” que influenciam diretamente as ações humanas. 
 A tecnologia, que deveria facilitar o dia a dia, passou a influenciar nossa percepção de qualidade de vida e tem mudado os rumos da cultura, entregando tudo MASTIGADO
 A geração que já nasceu “online” parece incapaz de criar, pois não precisa pensar durante todo o processo de formação pessoal. Já aqueles de gerações anteriores, que antes pensavam por si mesmos, hoje se encontram em estado de êxtase, tomados pela dopamina. A internet, as redes sociais, a inteligência artificial, todas essas tecnologias do século XXI, estão livremente acessíveis para entregar respostas a qualquer pergunta, sem exigir o mínimo de raciocínio ou interação social.
A dominação do objeto sobre o homem forma um cérebro preguiçoso.
Um cérebro preguiçoso não produz cultura.
E é a cultura que faz a humanidade.

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